No bordel da vida
nasci com um coração
que nem encaixa no peito
que transborda na mão
e nem vermelho é!
Vem-se com ele equipado.
Fosse antes um pulmão,
saca-rolhas acoplado
ou um punhado de fé
em pó, em barra, para
os momentos decisivos
que são muitos, variados.
Fosse um fígado reserva
para o decolar da semana
ou de reserva, um feriado.
Seria mais justo, mais são,
meio kilo de coragem,
radinho contra solidão,
receita de bolo de cenoura.
Dispositivo mais precisado:
chiclete, pente, vassoura
para varrer o passado;
para selecioná-lo, tesoura.
Imagem de santo com oração.
Mas coração, tem mais enjoado?
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muito bom!
ResponderExcluirAh, Bru, você tem que escrever mais vezes, poxa! Some não!
ResponderExcluirGostei bastante.
Beijo.
Vc já sabe que eu achei demais!!!
ResponderExcluirOs começos dos poemas estão muito parecidos. E porque o saca-rolhas não vem acoplado no fígado?
ResponderExcluircada vez melhor.
ResponderExcluirsaudades,me formei tb.
besos
pois deixe essa tesoura bem longe de mim! :)
ResponderExcluir:)
ResponderExcluireu sei fazer bolo de cenoura se vc quiser!
Maravilhoso.
ResponderExcluirDesculpe o comentário tardio. Ando fora do ar.
Adorei o poema. PRecisamos realmente escrever mais. Nossos últimos são de dezembro!!!
Publiquei um agorinha. Veja o que você acha. É meu primeiro metrificadinho.
Beijo e escreva
Carol