quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Poema ligeiro

No bordel da vida
nasci com um coração
que nem encaixa no peito
que transborda na mão
e nem vermelho é!

Vem-se com ele equipado.
Fosse antes um pulmão,
saca-rolhas acoplado
ou um punhado de fé
em pó, em barra, para

os momentos decisivos
que são muitos, variados.
Fosse um fígado reserva
para o decolar da semana
ou de reserva, um feriado.

Seria mais justo, mais são,
meio kilo de coragem,
radinho contra solidão,
receita de bolo de cenoura.
Dispositivo mais precisado:

chiclete, pente, vassoura
para varrer o passado;
para selecioná-lo, tesoura.
Imagem de santo com oração.
Mas coração, tem mais enjoado?

8 comentários:

  1. Ah, Bru, você tem que escrever mais vezes, poxa! Some não!
    Gostei bastante.
    Beijo.

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  2. Os começos dos poemas estão muito parecidos. E porque o saca-rolhas não vem acoplado no fígado?

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  3. cada vez melhor.
    saudades,me formei tb.
    besos

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  4. pois deixe essa tesoura bem longe de mim! :)

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  5. Maravilhoso.

    Desculpe o comentário tardio. Ando fora do ar.

    Adorei o poema. PRecisamos realmente escrever mais. Nossos últimos são de dezembro!!!

    Publiquei um agorinha. Veja o que você acha. É meu primeiro metrificadinho.

    Beijo e escreva

    Carol

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