Para o tio e pintor Gene
O limoeiro espreguiça-se no quintal
Da porta aberta poderia-se vê-lo
Não fosse ainda muito cedo.
Apesar disso, é verão
Que chegou pontualmente
Como deve ser.
E o calor já transborda no fresco da manhã
Quem fechasse os olhos
Naquele átimo
Poderia mesmo escutá-lo
O estalar dos braços
O crepitar dos dedos
Poderia até ver
A euforia das formigas
Preocupadas com o estremecer do chão
No esticar das pernas
Olhou então pela janela escancarada
Porque era lá que primeiro se via a família
Anunciada quase infalivelmente
Pelo cheiro do café
Inspirou profundo e satisfeito
(para quem escutasse)
Parecia talvez uma oração
Quase inapreensível
Para que todos acordem bem
E o dia corra tranquilo
Como deve ser
Porque é verão
Embora ainda seja muito cedo.
Da porta aberta poderia-se vê-lo
Não fosse ainda muito cedo.
Apesar disso, é verão
Que chegou pontualmente
Como deve ser.
E o calor já transborda no fresco da manhã
Quem fechasse os olhos
Naquele átimo
Poderia mesmo escutá-lo
O estalar dos braços
O crepitar dos dedos
Poderia até ver
A euforia das formigas
Preocupadas com o estremecer do chão
No esticar das pernas
Olhou então pela janela escancarada
Porque era lá que primeiro se via a família
Anunciada quase infalivelmente
Pelo cheiro do café
Inspirou profundo e satisfeito
(para quem escutasse)
Parecia talvez uma oração
Quase inapreensível
Para que todos acordem bem
E o dia corra tranquilo
Como deve ser
Porque é verão
Embora ainda seja muito cedo.
Não é muito cedo prá dizer que vc tem tino de poesia. "Euforia das formigas" me deixou eufórico, e essas estrofes...
ResponderExcluirah, essas estrofes...
Continue poetando, Brunão!
Bruno, cadê você? Quero novidades, sempre novas coisas!
ResponderExcluirVim aqui te cobrar, já vai fazer um mês...
Um olhar sensível sobre a natureza, esse milagre secreto tão sútil... Parece que sinto o cheiro de limão e café.
ResponderExcluirLindo!
ps:*sutil
ResponderExcluirsinto falta da imagem, muito embora a poesia apenas já me baste para enxergá-la.
ResponderExcluirTenho duas plantas na minha janela e desde que li este poema parece que as vejo espreguiçar-se todas as manhãs... lindo
ResponderExcluir"Si la vida te dio limones... pide tequila y sal."
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBruno, por onde vc anda que não escrve?
ResponderExcluirFaço minhas as suas palavras: tem que escrever um livro inteiro.
Por favor, nos presenteie mais vezes...
"Limoeiro...espreguiça-se no quintal..."
ResponderExcluirLindo!!! Muito lindo...
Abraço grande meu amigo...