Para o tio e pintor Gene
O limoeiro espreguiça-se no quintal
Da porta aberta poderia-se vê-lo
Não fosse ainda muito cedo.
Apesar disso, é verão
Que chegou pontualmente
Como deve ser.
E o calor já transborda no fresco da manhã
Quem fechasse os olhos
Naquele átimo
Poderia mesmo escutá-lo
O estalar dos braços
O crepitar dos dedos
Poderia até ver
A euforia das formigas
Preocupadas com o estremecer do chão
No esticar das pernas
Olhou então pela janela escancarada
Porque era lá que primeiro se via a família
Anunciada quase infalivelmente
Pelo cheiro do café
Inspirou profundo e satisfeito
(para quem escutasse)
Parecia talvez uma oração
Quase inapreensível
Para que todos acordem bem
E o dia corra tranquilo
Como deve ser
Porque é verão
Embora ainda seja muito cedo.
Da porta aberta poderia-se vê-lo
Não fosse ainda muito cedo.
Apesar disso, é verão
Que chegou pontualmente
Como deve ser.
E o calor já transborda no fresco da manhã
Quem fechasse os olhos
Naquele átimo
Poderia mesmo escutá-lo
O estalar dos braços
O crepitar dos dedos
Poderia até ver
A euforia das formigas
Preocupadas com o estremecer do chão
No esticar das pernas
Olhou então pela janela escancarada
Porque era lá que primeiro se via a família
Anunciada quase infalivelmente
Pelo cheiro do café
Inspirou profundo e satisfeito
(para quem escutasse)
Parecia talvez uma oração
Quase inapreensível
Para que todos acordem bem
E o dia corra tranquilo
Como deve ser
Porque é verão
Embora ainda seja muito cedo.